Celular na Sala de Aula?

Escolas dão dicas de intercâmbio
15 de março de 2018
Educação pública de qualidade, eu acredito!
20 de março de 2018
Exibir tudo

Que tal fazer uma experiência e usar o celular como recurso pedagógico em sala de aula? Sabemos que esse recurso já está incorporado à rotina dos alunos. Basta avaliar o comportamento da nova geração no acesso e uso das tecnologias digitais de informação e comunicação. Para o professor, com um planejamento bem elaborado e com objetivos claros e definidos, esse recurso tende a potencializar ainda mais avanços na aprendizagem.

No último dia 6 de novembro, foi sancionada a lei que libera o uso dos celulares para atividades pedagógicas, orientadas por professores, nas escolas de ensino fundamental e médio da rede estadual de Ensino do Estado de São Paulo. Vale esclarecer que a autorização para o uso do celular não alterará a forma de aprendizagem, pois ele deve ser um complemento no desenvolvimento das atividades em sala de aula e, desta forma, potencializar novas formas de acesso aos conteúdos e assim, novos conhecimentos.

A Cetic (Centro Regional para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação) apresentou e confirmou em sua última pesquisa, TIC Kids Online Brasil, a tendência de crescimento no uso de dispositivos móveis por crianças e adolescentes para acessar a Internet – em 2016, 91% (22 milhões) acessaram a Internet pelo celular. Recentemente a FGV (Fundação Getúlio Vargas) também divulgou pesquisa revelando a estimativa de que no Brasil, até o final de 2017, haverá um smartphone por habitante.

Trabalhar com o celular em sala de aula faz parte de uma política adotada em muitas escolas, conhecida como BYOD – Bring Your Own Device – traduzida como “traga seu próprio dispositivo”, na qual é possível trabalhar com os recursos trazidos por alunos e professores, sejam celulares, tablets, entre outros, alinhando-os ao contexto de cada atividade, despertando o interesse pelo conteúdo desenvolvido.

O engajamento passa a ser dos gestores, professores e alunos em assumir o desafio e o gerenciamento, no sentido de que podem, sim, trabalhar juntos para que práticas inovadoras sejam sempre integradas aos conteúdos e encontrem a melhor forma para que a permissão do uso do celular realmente faça sentido em relação à aprendizagem. Além de proporcionar informação a qualquer hora e em qualquer lugar, o celular permite usar aplicativos educacionais, possibilita a conexão com os colegas da turma para criação de narrativas colaborativas e a criação de conteúdos, tanto dentro quanto fora da sala de aula, com vídeos, fotos, GPS, redes sociais e uma infinidade de possibilidades pedagógicas e por meio da tecnologia.

Karen Andrade é Consultora em Tecnologia Educacional da Planneta

Comentários