Alunos com deficiência ainda são 0,5% no ensino superior

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Professores com deficiência também são pouco representativos, apenas 0,4%, segundo levantamento do Quero Bolsa

O número de alunos com deficiência matriculadas no ensino superior chegou a 43,6 mil, em 2018, mais do que o dobro dos 19,8 mil matriculados em 2010. Elas representam, atualmente, 0,52% dos mais de 8 milhões de estudantes matriculados. A proporção fica muito abaixo da participação deles na sociedade. Segundo o IBGE, 6,5% da população brasileira é composta por pessoas com deficiência.

Os três cursos com maior proporção de pessoas com deficiência são os de: Administração Pública, com 1,12%, Formação de Professor de Computação, com 1,12%, e Engenharia da Computação, com 1,1%.

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O levantamento foi feito pelo Quero Bolsa, principal plataforma de vagas e bolsas de estudo no ensino superior, ao analisar as informações da edição 2018 do Censo da Educação do Ensino Superior do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), em virtude do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado no dia 3 de dezembro.

 

Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

A data foi estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992 com objetivo de promover uma maior compreensão dos assuntos relacionados à deficiência e para mobilizar a defesa da dignidade, dos direitos e o bem-estar das pessoas.

Segundo a ONU, pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas.

“O crescimento é resultado de políticas implementadas pelo poder público, com inclusão de pessoas com deficiência na lei de cotas, a partir de 2016. Assim, fica garantida a reserva de vagas para essa parcela da população em taxa proporcional”, explica Lucas Gomes, diretor de ensino superior do Quero Bolsa. A presença de alunos com deficiência é proporcionalmente maior na rede pública, com 0,8% do total contra 0,4% na rede privada.

“Entretanto, para aumentar efetivamente a presença da pessoa com deficiência no ensino superior é necessário criar condições para tal, como políticas de permanência e melhorias arquitetônicas de infraestrutura”, complementa Lucas. De acordo com os dados apurados, 54% das unidades de ensino no Brasil não possuem estrutura arquitetônica inclusiva.

 

Tipos de deficiência presentes no ensino superior

Deficiência Física, tal como paralisia e outros impedimentos motores, é a mais comum entre os estudantes, seguida por baixa visão e deficiência auditiva. O menor número é de surdocegueira, que é uma deficiência única, caracterizada pela deficiência auditiva e visual concomitantemente.

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Número de professores com deficiência não chega a 2 mil

Os dados apontam também que, dos 397,8 mil professores do ensino superior no Brasil, apenas 1.7 mil são pessoas com deficiência. A taxa corresponde a 0,44% do total. Segundo a Lei nº 8.213/1991, empresas com 100 funcionários ou mais precisam reservar de 2% a 5% para pessoas com deficiência.

 

Notícia: Da Redação.  Foto: Divulgação.

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