Estudante cria produto para remoção de agrotóxicos

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Solução pode eliminar até 85% dos metais pesados dos vegetais e frutas

O Brasil está entre os maiores consumidores de agrotóxico do mundo e somente neste ano o país registrou o número recorde de 382 autorizações para novos defensivos agrícolas. O efeito colateral mais grave dessa liderança é o impacto à saúde humana. Esses contaminantes afetam a população, que fica mais suscetível a doenças como câncer e problemas neurológicos.

Sensibilizada com essa escalada, a recém-formada em Gestão de Negócios e Inovação da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Sebrae Taynara Alves pesquisou e desenvolveu uma solução líquida para lavar vegetais e frutas. A ideia foi modelada durante as aulas e apresentada como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).  

Segundo Taynara, o diferencial do produto, conhecido como “Puro e Bom”, é que ele permite uma limpeza profunda capaz de remover até 85% dos metais pesados e substâncias químicas de agrotóxicos presentes nos alimentos.

O produto venceu o concurso da aceleradora Start Ambev, do qual participaram 2,4 mil inscritos. Taynara ficou entre os 15 candidatos selecionados, recebeu um aporte de R$ 50 mil para investir no projeto e ganhou uma mentoria da aceleradora prevista para começar na segunda quinzena de novembro. A empreendedora já participa do “Vai Tech”, programa de aceleração da Prefeitura de São Paulo que orienta os participantes sobre como viabilizar os projetos no mercado.          

 

Dificuldades enfrentadas

“A dificuldade que enfrentamos é concorrer com a mentalidade do brasileiro que confia muito nas soluções caseiras. O uso do vinagre e bicarbonato de sódio está muito enraizado na nossa cultura, apesar de essas substâncias não eliminarem os compostos químicos”, afirma a ex-aluna da Fatec.

Para Taynara, a jornada de pesquisa é contínua porque a cada novo agrotóxico lançado no mercado, o produto “Puro e Bom” passa por uma nova revisão técnica para continuar sendo eficaz na remoção de substâncias químicas. A solução começou a ser vendida para pequenas e microempresas do segmento de alimentação saudável, como fabricantes de papinhas, refeições fitness, entre outros, em embalagens de um litro que custam R$ 60. Segundo a empreendedora, uma das vantagens é o excelente custo benefício do produto, que tem um valor intermediário entre o alimento orgânico e o convencional.

 

Química que deu certo

Para produzir o Puro e Bom, Taynara criou a startup InQuímica quando fez a graduação em Química na Universidade Federal do ABC. O encanto pela área, no entanto, surgiu ao fazer o técnico de Química na Etec Getúlio Vargas. O que mais a motivou na sua pesquisa foi o desafio de colocar a ciência a favor da sociedade. “Cansei de ver pesquisadores brilhantes fazendo trabalhos incríveis para colocar suas publicações em bibliotecas. Falta uma visão de gestão e empreendedorismo capaz de levar as boas ideias ao mercado”, diz.

Esta lição de empreendedorismo, a jovem aprendeu adequadamente. Determinada, tem planos para expandir seu negócio. Depois de consolidar o “Puro e Bom” no mercado, seu próximo desafio é desenvolver um demaquilante capaz de fazer uma limpeza profunda na pele.  

 

Notícia: Da Redação.  Foto: Divulgação.

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