Meninas criam canal no Youtube para aprender a ler e a escrever

Microempreendedores podem realizar manutenções em escolas estaduais
Microempreendedores podem realizar manutenções em escolas estaduais
14 de novembro de 2018
Lançamento da primeira etapa do Projeto Sirius é realizada em Campinas
Lançamento da primeira etapa do Projeto Sirius é realizada em Campinas
16 de novembro de 2018
Exibir tudo
Meninas criam canal no Youtube para aprender a ler e a escrever

 Iniciativa faz parte do projeto Letrilhar, do Centro Educacional Marista Irmão Justino, que incentiva jovens com dificuldades na alfabetização

Para aprender a ler e a escrever as adolescentes Dayane Moreira, de 14 anos, e Vitoria Régis, de 12 anos, criaram o canal no YouTube Sopa de Letrinhas. A ideia surgiu a partir do projeto Letrilhar, criado em 2017 com o objetivo de alfabetizar crianças e adolescentes que não conseguiram aprender na idade ou período adequados. A iniciativa é do Centro Educacional Marista Irmão Justino, localizado na Zona Leste de São Paulo, que atende gratuitamente crianças e adolescentes de 5 a 17 anos.

No Letrilhar, os participantes elegem uma meta pessoal e as pedagogas encaminham uma rotina de estudos ligada a essa meta. No caso das amigas Dayane e Vitoria, o canal no Youtube tem desempenhado essa função. “Quando eu cheguei no projeto, a minha meta era ler mensagens nas redes sociais. Hoje eu vejo que eu queria muito mais que isso”, diz Dayane, que já está há 2 anos no projeto. Produzindo os vídeos, as amigas usam a temática da culinária para compartilhar experiências.

Cauã Mario, de 14 anos, iniciou no projeto ainda tímido e com vergonha de participar das atividades. A sua meta era escrever uma carta para o seu tio. Após um ano no projeto, Cauã se tornou um dos multiplicadores do Letrilhar. “Estamos criando um jogo de alfabetização para compartilhar com os menores. Ainda estamos em processo de construção”, relata.                        

“A maioria dos adolescentes que participam do projeto entraram com um perfil muito parecido: autoestima baixa e se culpam por não terem aprendido a ler e escrever na época certa”, explica a pedagoga Ana Paula Martins, responsável pelo Letrilhar.

No início, um diagnóstico é feito para entender individualmente cada necessidade. Os participantes são questionados pelas pedagogas em relação aos motivos pelos quais não conseguiram ser alfabetizados. “Tudo isso para que eles possam mudar o olhar negativo sobre a dificuldade de aprender a ler e escrever”, explica a pedagoga.

 

Reportagem: Da Redação. Foto: Divulgação.

 

Comentários