Reprovação na escola: quando o ano velho permanece depois do Réveillon

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Reprovação na escola: quando o ano velho permanece depois do Réveillon

Por Luís Cláudio Dallier Saldanha

O clima de Réveillon parece nos empurrar na direção de um tempo de renovação e de concretização de projetos ou sonhos deixados de lado.  Se sobram frustrações, também não faltam desejos e promessas que desenham em nossa imaginação um tempo cheio de realizações.

A proximidade do novo ano nos faz querer deixar para trás aquilo que vai ficando com cara de velho. Mas nem sempre é fácil dar adeus ao ano velho. Há pendências ou frustrações que perduram.

No contexto escolar, a antiga expressão “repetir de ano” dá muito bem a medida do desconforto de ter que encarar no ano novo o que deveria ter ficado lá atrás.

Para o aluno “repetente” e seus responsáveis, fazer tudo de novo quase sempre é encarado como punição e um fardo.

No entanto, se a tristeza e o desapontamento são inevitáveis nessas circunstâncias, é possível aprender com a adversidade para fazer diferente no ano que se inicia, evitando a repetição de erros passados.

Refletir sobre o que aconteceu, em vez de apenas lamentar ou criticar, e focar em mudança de atitudes e ações podem fazer a diferença.

Os mesmos conteúdos podem ser estudados de forma diferente e melhor, com outros colegas e, às vezes, com outros professores ou em outra escola.

A disposição do aluno e de sua família deve lembrar um pouco o próprio significado da palavra réveillon, do verbo francês réveiller, que pode ser traduzido como “acordar”, “deixar de dormir” ou mesmo “reanimar”.

Despertar para o novo ano e manter-se animado ao longo da jornada que vem pela frente é uma boa maneira de reescrever uma história que não começou tão bem. Isto vale para quem foi reprovado na escola, mas vale também para qualquer um de nós que se vê insatisfeito com algum resultado negativo neste ano.

E se o ano velho insiste em permanecer no horizonte do novo ano, vamos celebrar o fato de que a vida sempre nos oferece a oportunidade de despertar para novos projetos ou fazer as mesmas coisas, mas de forma diferente.

 

Luís Cláudio Dallier Saldanha é doutor em Educação e Diretor de Serviços Pedagógicos da Estácio.

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